sábado, 20 de outubro de 2012

O MISTÉRIO ERÓTICO DO 5º ANDAR

( Suspense, sexo, lugar excitante: ingredientes desta apimentada história? Veremos! )

Edifício Castelo dos Nobres, num subúrbio do Rio de Janeiro, dezoito andares, cada um com doze minúsculos apartamentos:

AMANHÃ

No 5º andar:

          Vocês terão que imaginar o que irá acontecer, neste mesmo bat-local, lendo os fatos ocorridos anteriormente. Estão em ordem cronológica invertida, isto é, o final é o começo da história. Não é difícil, todos entenderão.

No 4º andar:

          Faxineiro: - Caraca! De novo? Todo dia jogam essa porra no chão. Tão pensando que eu sou escravo? Só porque eu sou crioulo e pobre. Vou pedir demissão... e vou ao sindicato... e vou querer os meus direitos...

HOJE

Na sala de reunião do prédio:

          Síndico: - A jararaca do 307, Dona Marly, reclamou que estão acontecendo safadezas no 5º andar, perto das escadas. Não sei o que ela foi fazer lá. (olha para o alto) Ó, Deus, a velha parece o Senhor, está em toda a parte e sabe de tudo! Também, sem marido e sem trabalhar... Ela, é claro, não o Senhor!

          Subsíndico: - Ela tá doida pra ocupar o seu cargo, mas os moradores tremem só de pensar. Sacanagem no 5º andar? Oba! Quero dizer, absurdo! O jeito é colocar câmeras ou alguém para vigiar, igual ao BBB.

          Síndico: - Amanhã, vamos convocar uma comissão e ficar de tocaia para descobrir o que aconteceu. Eu faço o sacrifício!

          Subsíndico: - Eu também! Faço questão! Vai ter briga para ser voluntário.

No 4º andar:

          Faxineiro: - Caraca! De novo? Todo dia jogam essa porra no chão. Tão pensando que eu sou escravo? Só porque eu sou crioulo e pobre. Vou pedir demissão... e vou ao sindicato... e vou querer os meus direitos...

ONTEM

No apartamento do Síndico:

          Dona Marly: - Vossa Excelência me permite um aparte?

          Síndico: - Dona Marly, eu não sou excelente coisa nenhuma, sou apenas o Síndico. Pode me chamar pelo nome, Doutor Américo (é técnico de enfermagem). Qual é o aparte, digo, o problema?

          Dona Marly: - Safadezas no 5º andar, perto das escadas. Uma vergonha! Na minha idade, 42 anos (o Síndico quase engasgou), tive que ouvir indecências terríveis. Por acaso, ontem, eu estava lá.

          Síndico: - Por acaso? Sei! A senhora tem certeza?

          Dona Marly: - Absoluta! Ela dizia que era a vez dele botar nela, pois tinha feito nele com capricho. As mães não podiam saber e não deixavam, que era muito perigoso. Era um tal de abaixa, chupa, enfia, buraco (o Síndico começa a se empolgar e pensa em, mais tarde, dar um "créu" na patroa). Foi quando ouviram o faxineiro subindo. Ela mandou ele jogar fora não sei o que e entraram correndo. Não deu para ver quem eram. O senhor tem que tomar uma providência, senão eu chamo a polícia! E aquele faxineiro é um desleixado, folgado e...

          Síndico: - (já interessado na sacanagem e cortando o papo chato da vizinha) Pode deixar, Dona Marly, eu mesmo tomarei as medidas cabíveis. Boa noite!

No 4º andar:

          Faxineiro: - Caraca! De novo? Todo dia jogam essa porra no chão. Tão pensando que eu sou escravo? Só porque eu sou crioulo e pobre. Vou pedir demissão... e vou ao sindicato... e vou querer meus direitos...

ANTEONTEM

No 5º andar:

          Dona Marly parou a sua ronda diária, com o objetivo de achar alguma coisa para reclamar, porque escutou duas portas baterem e passos. Começa a ouvir, escondida, mas não consegue ver quem são.

          Michelly (aborrecente do 508): - Anda! Anda! Mamãe tá tirando um cochilo. Você trouxe?

          Aleksander (aborrecente do 509): - Trouxe. Faz em mim primeiro.

          Michelly: - Nada disso! Hoje, a primeira sou eu. Ontem, o faxineiro quase pegou a gente e eu fiquei chupando o dedo. Nossas mães não deixam, mas é tão bom! O médico disse que é perigoso. Pode romper o ..., o ... (*), esqueci.

          Aleksander: - Também não sei o nome do negócio no buraco. A gente põe com cuidado. Não pode enfiar tudo. Lá vai, abaixa.

          Michelly: - Bota agora. Demora bastante, porque eu caprichei em você ontem. Ah, que gostoso... Por que tirou, tirou por quê?

          Aleksander: - Psiu! Ouvi passos, acho que é o Ué (Wexley Jefferson, o faxineiro), de novo.

          Michelly: - Joga fora, rápido!

          Como em todos os dias, os dois COTONETES caem no 4º andar, pouco antes do faxineiro chegar. Correm para seus apartamentos e batem a porta, não dando tempo de Dona Marly ver quem eram. Ah, já ia esquecendo: (*) é o TÍMPANO.

No 4º andar:

          Faxineiro: - Caraca! De novo? Todo dia jogam essa porra no chão. Tão pensando que eu sou escravo? Só porque eu sou crioulo e pobre. Vou pedir demissão... e vou ao sindicato... e vou querer os meus direitos... 

8 comentários:

  1. KKKKKKKKKKKK Que situação!!! Agora, quando descer as escadas, vou bem verificar quem é que está de tocaia no dia. Depois te conto. kkkkkkk Beijos
    Eliane

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    1. Oi,Eliane,demorou,mas saiu!!! Valeu sua dica p a história e q bom q vc gostou! Bjs

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  2. Hahaha... ficou ótimo o texto como sempre! Será que alguém botou maldade? Prédio é isso mesmo tem de tudo,cada figuraça... Adorei Regina, deu até vontade de fofocar com eles hahaha... Bjs Lena

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  3. Ahaauhaha, adorei! Mas já imaginava que não era nada de sacana, esse povo maldoso, tsc tsc tsc.

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  4. Oi mana, voce usou as palavras (em vermelho) que + atraem os leitores. Vai ter 100% de audiencia. Tô aqui tambem!!!
    Adorei, bjsssss Marcia

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  5. Querida, vc tem talento mesmo . A gente vai lendo e a atenção não se perde, queremos chegar logo ao final para desvendar o mistério. ADOREI ! Pobre TÍMPANO, naõ lembravam o nome dele e agalera achando que era outra coisa, né ? Ri muito no final. kkkkkkkkk Vc é um show de escritora.
    Palavra de fã assumida e de carteirinha.
    Beijos. (Tá vendo ? Tô voltando . Agora ng me segura . Obaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa)

    Andresa

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  6. Um final surpreendente como era de se esperar. A inversão da ordem cronológica ficou um tanto confusa a meu ver. Fabio

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  7. Hahahahahahahaha adorei esse!! Beijos, Anna

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