quinta-feira, 27 de novembro de 2014

TESTE DE PACIÊNCIA

          O Terror das Águas! Vocês adivinham quem é essa FERA?



          As opções são:

          A- Cesar Cielo

          B- Tubarão Cabeça de Martelo

          C- Saco de cimento despencando da obra ao lado

          D- Eu

          E- KKK

          Resposta: A opção correta seria "Eu" (letra D), mas, falando sério, só rindo (letra E).

terça-feira, 14 de outubro de 2014

DOUTOR SEVERINO

( 18 de outubro é o Dia do Médico. Médico lembra exame. Exame lembra sangue, pressão arterial... SOCORRO!!! )

          "- A pressão está boa e os batimentos cardíacos normais."

          Tenho a "síndrome do jaleco branco". No Português claro, medo de médico. Antes de entrar no consultório, você não sente nada. Sai do consultório, tem tudo. É uma agonia tirar a pressão. Já sei, está errado, mas depois eu conserto. Além daquele exame do qual não gosto nem de falar (baixinho, shhh, exame de sangue; vejam o texto "PÂNICO, E DAÍ?", postado em 20/ 05/ 2011), a sensação é horrível, até viro a cara, quando o médico pressiona o aparelho e vem aquele vuc, vuc, vuc... e a pressão TUM, TUM, TUM... Parece que existe um ascensorista, dentro de mim, que diz:

          - Sobe!

          Tive que ir a alguns médicos pela primeira vez e eles, que não me conheciam e não tinham muita paciência, pressão alta, me passavam uma batelada de exames e remédios. É aí que meus antigos doutores me socorrem:

          - Calma, fique calma.

          E ela, aos poucos, volta ao normal.

          Vergonha! Sim, mas eu tenho companhia. Uma amiga me contou que o marido há tempos não aferia a pressão (agora, acertei). Medo, que nem eu! Tanto ela insistiu, por ele ter completado sessenta anos, que propôs:

          - Espere eu dormir e faça o que tem que fazer.

          Como se a mulher fosse aplicar uma injeção letal. Assim fizeram. Já ressonando, pôs o aparelho nele. Até aí, tudo bem, mas, ao sentir o tal vuc, vuc, vuc, ele acordou, como de um pesadelo, arrancou a faixa e varejou longe. O que tem de mais?! Sabem qual é a profissão dele? Médico! E a especialidade? Geriatra! O que o geriatra mais faz é medir (certo, outra vez) a pressão dos velhos. É... "pimenta nos olhos dos outros é refresco".

          Não revelarei o nome dele, óbvio, porém faço questão de explicar quem é o Severino. Severino é porteiro e trabalha num prédio da minha rua. Gente boa, adora novidades tecnológicas. Quando comentei a minha "doença", disse que comprara um aparelho digital de pulso. Esse, eu ainda não experimentara.

          No mês seguinte, eu tinha consulta marcada com um médico novo. Saco! Minha pressão vai subir. E agora? Está quase na hora. Ah, quer saber? Vou lá!

          - Severino, desculpe o incômodo, mas eu posso usar o seu aparelho de pressão?

          - Claro, dona Regina, entre aqui. Sente, fique calma e vire o braço. É rapidinho... Pronto!

          Sem vuc, vuc, vuc, nem TUM, TUM, TUM, dá o "diagnóstico":

          "- A pressão esta boa e os batimentos cardíacos normais."

          Abracei-o, dei-lhe um beijinho na bochecha, grata pela "consulta" grátis (ai!):

          - Obrigada, DOUTOR Severino!

( Lembrei mais: verificar a pressão, mapear a pressão, monitorar a pressão, falar é fácil... Melhor mesmo é o incorreto tirar, pois tira o meu sossego. )




       

       

sábado, 16 de agosto de 2014

NO ESCURINHO E NO CLARINHO DO CINEMA

( "Cinema é a melhor diversão."  Será? )

LUZES !

          - Não dê refrigerante para eles, senão vão querer fazer xixi no meio!

          Ansiosa, ela aguarda a hora de entrar no cinema com mais um sobrinho de três anos. Presentes, também, a sobrinha de seis anos e o pai dos dois, irmão dela. Toda a família disse que, com ESSE, ela não conseguiria. É o desligamento em pessoa, ou melhor, em criança. Mundo da lua, dos sol, das estrelas. Tia bastante atuante, seu maior orgulho é de ter introduzido, no mundo cinematográfico, os mais velhos, com a mesma idade de três anos. Assim foi com "Peter Pan", "A Bela e a Fera", "Aladim". Nos momentos em que as histórias ficavam mais monótonas, ela entrava com as explicações que mantinham a atenção do (a) Pirralho (a). Depois, era só correr para o abraço, quer dizer, ir direto para a livraria comprar o livro do filme. Ela, professora, exultava!

          Mas, com ESSE, não foi bem assim...

CÂMERA !

          O filme da vez é "Mulan". Sentados em seus lugares, ela ensina para ele que cinema é uma tela bem grande, com muitas pessoas assistindo e aproveita para dar uma pequena ideia do enredo.

          - Não vou conseguir?! Eles é que pensam! - pensa, confiante.

          Logo em seguida, ele aponta e fala bem alto:

          - Olha, olha!

          - O quê? - pergunta ela, achando que já é efeito dos ensinamentos.

          - Uma meleca!

          Está certo, cinema é festa, tem que limpar o salão. Enfrentando olhares de asco, limpa o dedo dele com um guardanapo de papel. Luzes apagadas, começa a sessão.

          - Tá escuro! Cadê o cinema? - berra ele.

          - Ali, ali. - direciona a cabeça dele para a tela.

          - Cadê a Mulan?

          - Calma, já vai começar.

AÇÃO !

          O filme inicia e as explicações também, mais cedo do que de costume.

          - Por que a Mulan tá chorando?

          - Porque o pai brigou com ela. - sussurra para não incomodar os outros.

          - Ela quem?

          - A MULAN !!! - se impacienta.

          - Xxxxxx ! - pedem os outros.

          Pega ele no colo e explica. Deixa ele despentear o cabelo dela e explica. Tenta antecipar a cena seguinte, cochichando, claro, e explica. Qualquer coisa para não incomodar.

          - Xxxxxx !!!

          O irmão (e PAI!) finge que nem conhece, ao lado da filha. E acusa, rindo:

          - Você é que inventou!

          A culpa é ainda maior por não poder dar atenção à sobrinha. Repentinamente, ele se levanta:

          - Tô de mal com você, eu agora sou amigo do tio Paulinho.

          - Mas o tio Paulinho nem está aqui. Vem cá, vem cá! Olha a Mulan, a espada, a luta, vai vencer!

          - Xxxxxx !!!

THE END !

          Acaba o filme. Aos trancos e barrancos, ela conseguiu! É como ganhar um Oscar pelo desempenho de coadjuvante daquele ator principal mirim.

          - Regina, olhe no espelho, você parece a Medusa.

          O cabelo crespo e volumoso, de tanto que ele mexeu, é uma homenagem ao monstro mitológico, depois de um choque elétrico, além das assustadoras olheiras profundas. Não se incomoda, tamanha a sensação de vitória.

          - Meu amor, você viu tudo!

          E o irmão:

          - Filho, você gostou do filme?

          - Que filme a gente viu?

          Quase arranca o cabelo (estava horrível mesmo!) e chora (para piorar as olheiras). Mas ainda vinha mais.

          - Quer ir ao banheiro? - pergunta o pai.

          - Não. A tia Regina disse que ia comprar o livro para mim.

          A alegria volta e, toda orgulhosa, leva-o à livraria. Ao entrarem, o atencioso vendedor pergunta:

          - O que o senhor deseja?

          - Cocô! - responde ele.

          - À esquerda, lá fora! - mostra o enojado rapaz.

          - Corre, corre!

          Foi por pouco. E, para um final infeliz, vem o pior da história. Hoje, aos dezenove anos, quando a tia conta:

          - Não lembro de nada.

          Apaguem as luzes!!!

         


domingo, 12 de janeiro de 2014

PRESENÇA RARA

(  A fotógrafa aqui não é profissional nem fez jus à obra de arte da Mamãe Natureza, mas deu pro gasto. )

          Apareceu a Margarida, olê, olê, olá... Corrigindo, apareceu a Rosa! E com duas cores. Demorou, mas chegou. A safra é bem escassa e não dura muito tempo, pois ela não gosta de se expor na mídia, para não virar "arroz de festa". Na nossa conversa, eu lhe disse:

          - Menina, não seja tão bicho-do-mato, venha outras vezes. O que é bonito é para se ver.

          Mas que bobagem, as rosas não falam...

          Minha flor, minha jardineira, minha varanda, meu apartamento. Seria egoísmo demais não dividir essa imagem com vocês.